sábado, 2 de agosto de 2008

Ana Zanatti

No Limiar do Transcendente
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Se à serenidade lhe pudesse ser atribuído outro nome, não teríamos dificuldade em encontrá-lo. Estaria aqui. Nome não diríamos, mas sentido, talvez. Significado, é melhor. E significado porque Ana Zanatti a representa no expoente mais completo e pleno. Representa, também não queremos dizer, actuar. Zanatti interioriza e devolve-nos qualquer personagem de forma irreprimível. Que a representa, a serenidade, no sentido de ser uma genial embaixactriz da paz. Por onde passa, a sua energia mágica e benévola, atinge-nos e acolhe-nos. Como se ali regressassem unidos e solidários os afectos de toda Terra, quase sempre dispersos e distraídos, despreocupados em seus maternais cuidados. Ali tudo muda.

A exigência de uma profissional brilhante, sábia e dedicada, torna prazer o que noutros casos se adivinha fadiga. Por vezes, sente-se saudade, de a termos perto, nos Palcos, diante das Câmaras, nos Ecrãs dos cinemas e de casa. Se Portugal ousasse o nascimento dos portugueses num País já resolvido, que não se perdesse e desgastasse depois de quase 1000 anos de História, em experimentações e ensaios de laboratório sobre a vida dos seus cidadãos... Que consome e mal cuida, entre o que não dá de meramente essencial e o que atravessa da humildade e do Direito com as espadas dos seus cinzentos interesses... Então Ana, teríamos uma sementeira de amor, como a que nos mostras sempre, possível de semear e de colher.

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